Ricardo Sá
Ricardo de Sá, desde cedo percebeu que a sua vida iria ter rumo ao mundo artístico. Percebeu que tinha uma paixão e vocação enorme pela representação e pela música. Dividido entre estes dois mundos a sua aventura artística começou no palco, no teatro…
Na televisão estreou-se com uma popular prestação de dois anos na série “Morangos com Açúcar 7 e 8” com o cómico Leo onde acabou por ser reconhecido com o prémio de melhor ator de série da televisão nacional. Depois disso teve o desafio de representar o drama e a gaguez de Tomé na novela “Doce Tentação”; encarnou a personagem do mecânico de bairro Sérgio que traficou droga para sustentar a família na novela “Mundo ao Contrário”; integrou o elenco da série “Água de Mar” com o bem disposto Manuel e integrou Bruno no elenco de luxo da nova novela “A Única Mulher”.
Mais recentemente no Teatro integrou o elenco da peça “Plaza Suite”. Foi a peça mais vista do ano e esteve nomeada como melhor peça de teatro nos Globos de Ouro. Representou ao lado do Diogo Infante e Alexandra Lencastre. É o protagonista da produção luso-brasileira e comédia romântica “Na Bangunça do teu coração” com músicas de Chico Buarque.
No cinema estreou-se com “Carne” e “O Inferno”; bastante aclamadas em festivais de cinema nacionais e internacionais e foram distinguidas com o prémio de cinema Novos Talentos Fnac; Foi também um dos protagonistas de “Morangos com Açúcar – O Filme”, um dos filmes portugueses mais vistos de sempre com cerca de 300mil espectadores.
Na música estreou-se ao vivo em 8 concertos esgotados nos Coliseus de Lisboa e Porto com o elenco de “Morangos com Açúcar – Vive o teu talento” e entretanto teve também uma participação brilhante no talent-show “A Tua Cara Não Me É Estranha”.
Em 2014 lançou o seu primeiro álbum: “Histórias”, conta com 16 temas originais e alguns convidados. Entre cantores e instrumentistas, o álbum soma com mais de 10 participações de luxo. “Histórias” é uma viagem musical pelo mundo de Ricardo e pretende descrever os capítulos mais marcantes da sua vida pessoal. Com uma linguagem POP e com influências Folk, Funk, Gospel, Soul, Hip-Hop, R&B e Reggae é bastante notória a existência de vários universos.
Em 2016 edita o EP “Epifania” onde demonstra uma nova atitude e irreverência e usa a música ao vivo para fazer entender e compreender melhor o conteúdo da sua música. As palavras e os sons ganham mais força e permitem ter uma experiência próxima de um concerto. É a forma de encerrar esta história e começar a contar uma nova. Epifania: É uma súbita sensação de entendimento ou compreensão da essência de algo.
É costume dizer-se que na vida não há coincidências, apenas alinhamentos: de energias, de vontades, de pontos de vista.
Talvez tenha sido esse o caso de Ricardo de Sá que viu cair-lhe no colo, na sua estreia como actor numa série de televisão juvenil, um papel de um jovem músico. Foi o rigor no seu papel de actor que o levou a aprender bateria, primeiro, surgindo aí uma vontade de expressão que o levou a agarrar a guitarra, logo depois, e a tirar um curso de produção musical. Lá está a tal seriedade que parece investir em tudo aquilo que faz.
Dessa vontade, dessa garra pode dizer-se, nasceram os trabalhos Histórias e Epifania , primeiros passos numa arte que Ricardo de Sá ainda não parou de refinar. Tocou muito ao vivo, aprendendo em directo como gerir emoções e energias e momentos de comunhão – com o público, claro, mas também com os outros músicos. A ambição e o que aprendeu no palco levou-o de volta ao estúdio: pegou em 5 dos temas de Histórias , laborou novos arranjos com os músicos com quem trabalhava, e gravou ao vivo nove instrumentos, num só take também documentado em vídeo. Se é para saltar, então que seja sem rede…
Agora, com 28 anos, Ricardo de Sá é o primeiro a confessar sentir o peso da bagagem que foi coleccionando no seu percurso de artista como actor, como músico e como autor. Manifesto, o seu novo trabalho, é o resultado de todas essas experiências que foi vivendo: “Sinto que consegui pela primeira vez ser totalmente verdadeiro e transparente, sinto que estou a fazer algo de diferente e que estou a fazer arte”, assegura.
“O que me fez escrever e compor estes temas foi a própria vida e ter sentido uma necessidade gigante de manifestar algumas coisas que sentia mas que não tinha outra maneira de as poder exprimir a não ser através da música”, prossegue.
Manifesto é um EP que inclui os temas “Arte”, “Faz-te Um Homem”, “Palavras Por Dizer”, “Só Tu Sabes” e “Eu Vou Estar Aqui”. Ricardo de Sá aborda o peso dos sonhos, as questões da maturidade, da determinação, da vida e do amor, pois claro, em palavras que exploram métricas mais elaboradas servidas por arranjos arrojados e ambiciosos. São dele a maior parte das letras, nasceram da sua visão os beats que as suportam, trabalhando sempre com alguns amigos, como faz questão de sublinhar, e são dele as ideias de produção que o levaram a experimentar temas com o pitch da voz alterado, com vocoder e talk box, sempre em busca de novos timbres e soluções para transmitir as mensagens que injecta nas palavras.
“Desde que me conheço que sou teimoso, insistente e determinado em querer levar as minhas ideias avante. Acredito mesmo que seja possível ser levado a sério como ator e como músico. Espero que o público goste e que se identifique com a minha mensagem”, conclui Ricardo de Sá.
Manifesto é o resultado da ambição de um artista que não teme elevar a sua própria fasquia. Como deve ser sempre .”